quarta-feira, 21 de maio de 2014

VIK MUNIZ: destaque em Porto Alegre

Tem início nesta semana, no Santander Cultural, em Porto Alegre, “O Tamanho do Mundo”, a primeira exposição solo de Vik Muniz em terras gaúchas.A mostra reúne 70 trabalhos que marcaram a carreira do artista plástico desde a década de 80.

A obra de Vik Muniz, representado pela Galeria Nara Roesler em São Paulo, questiona e tensiona os limites da representação. Apropriando-se de matérias-primas como algodão, açúcar, chocolate, e até lixo, o artista meticulosamente compõe imagens icônicas e lhes repropõe significações. O objeto final de sua produção mais conhecida atualmente é a fotografia, mas sua obra já transitou pelo tridimensional, pelo desenho e até pela escultura.

Para a crítica e curadora Luisa Duarte, “sua obra abriga uma espécie de método que solicita do público um olhar retrospectivo diante do trabalho. Para ‘ler’ uma de suas fotos, é preciso indagar o processo de feitura, os materiais empregados, identificar a imagem, para que possamos, enfim, nos aproximar do seu significado. A obra coloca em jogo uma série de perguntas para o olhar, e é nessa zona de dúvida que construímos nosso entendimento”.

Período: de 21 de maio a 10 de agosto.
Abertos de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 19h
Ingresso: Entrada Franca







segunda-feira, 19 de maio de 2014

Na aula de Arte, as crianças desenham o que não existe | Nova Escola

E se as crianças desenhassem algo que não existe, qual seria o resultado? Marisa Szpigel, coordenadora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo, propõe uma atividade para estimular a imaginação da turma da EMEB Edson Danilo Dotto, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. 


Uma visão iconoclasta das fontes de imagens nos desenhos das crianças

As crianças têm impulsos internos muito enraizados que devem apenas ser estimulados. A criança quando não estragada pelos adultos exprime seu próprio mundo nos trabalhos, sofrem influências externas, fazendo imitações quando desenham. Induzem a produzir imagem de uma arte infantil natural dos 2 a 8 anos. A perda da ingenuidade se dá com aquisições de convenções artísticas, influenciadas por fontes externas. A partir daí as imagens são desenvolvidas, modificações e adotadas.

Para Dade Harris (1963) e Rudolf Arnheim (1974), os desenhos são representações da realidade, réplicas inadequadas da realidade. Os desenhos representariam objetos reais. Brent Wilson acha que não, que desenhos não são representações, mas signos, nuvem=signo natura, desenho nuvem=signo artificial ou configuracional, os naturais precedem os artificiais.

Os modelos proporcionam às crianças produzirem signos visuais. De rabiscos só se chega a símbolos visuais com modelos a seguir. Assim também, os signos verbais são pouco mudados pois são governados por regras (gramática, etc.). Nos signos visuais há menos regras do que nos signos verbais. Ao desenhar, o cérebro registra discrepâncias entre as formas delineadas e a figura recordada.

Exemplos de desenhos produzidos por crianças com idades de 6 a 8 anos.
Pesquisa:
1 - As imagens vieram de uma fonte gráfica pré-existente. Quando desenham adotam a mais vívida e preferida configuração armazenada na memória.
2 - A representação do objeto é feita por meio de pequenas modificações nos programas gerais daqueles objetos. As imagens percebidas, registradas e classificadas são base para as configurações mentais. Mesmo um desenho de objeto novo é feito usando configurações que já estão na mente. Tende a usar "esquemas" já usados para produzir imagem do objeto novo. As aquisições de "configurações iniciais" precisam de instruções específicas sem convenções do desenho. Poucos ousam fazer por medo das influências.
3 - Os indivíduos usam um programa separado para cada objeto representado. Uma criança pode desenhar uma ou duas coisas certo, mas outras ruins ou péssimas pois usam programas mentais distintos, sendo alguns desenvolvidos e outros não. Programas desenvolvidos geram bons desenhos e vice-versa. A posse de uma configuração gráfica é necessária para desenhar objeto. Não se memoriza configuração de cavalo desenhando cão. Se olharmos com atenção, podemos ver uma variedade de programas usados e como usá-los. Se vê um instrumento delicado para entender a natureza do desenvolvimento do desenho.
4 - Alguns indivíduos são capazes de empregar vários programas de desenhos. Combinando, alargando e balançando geram novos programas com flexibilidade. Se não têm programas, não desenham, ou produzem apenas garatujas. A capacidade de visualizar rapidamente é auxiliada por configurações memorizadas e aperfeiçoadas por desenho contínuo. Novas imagens são geradas a partir de imagens precedentes. Aprender a formar e usar signos visuais é análogo a aprender e usar palavras. Imagens usadas pelos jovens não derivam de intuição artística. Prescrevem que uma pedagogia para artes se contraria em ajudar as crianças, principalmente entre 8 ou 9 anos, a adquirir programas para construção de signos visuais.

Perspectiva Auto-Reflexiva

Pontos principais:
- Revisa enfoques e considera análise pós-moderna e enfoque feminista.
- Experiência e subjetividade para compreender e intervir ao meio social.
- Projeto de trabalho em torno de história de coleções.
- Compreensão crítica e performativa para paródia e imitação.
- Prazeres da cultura visual podem ser controvertidos e incômodos.
- Propósitos de não destruir o prazer, mas ver novas e diferentes formas de desfrutar, usando por exemplo paródia e imitação.
- Paródia é modalidade de crítica.
- Imitação para explorar novos posicionamentos ou identidades antes só imaginado.
- Explorar práticas das experiências de subjetividade. A linguagem como ato de identidade.
- A auto-percepção pode ou não coincidir com a percepção que grupos tem a respeito do indivíduo.
- Rede de identidades com jovens se comportando de acordo com a vontade do grupo.
- Como a cultura de socialização das meninas se dá num ambiente em que a "Barbie" é o modelo é necessário analisar a influência disso nos - pensamentos e ações dos jovens.
- As corporações adotam posições persuasivas com a criação de fantasias e sonhos.
- Trabalhar o significado de homem e mulher. Educação em relação à mídia adentra na possibilidade de crítica e performance da cultura visual.
- Posicionamento interativo ocorre quando uma pessoa contribui para as posições do outro. Pode ser reflexivo quando leva a mudar posicionamentos.


Perspectiva da Satisfação

Pontos principais:
- Ênfase nos prazeres.
- Não investe muito em análise e crítica.
- Validam os prazeres e revelam reconstrução ou melhoria.
- O aluno permanece onde está, não evolui.

Aula Experimental sobre Perspectiva da Satisfação


Em grupo, tínhamos que montar uma aula que representasse este tipo de perspectiva. Escolhemos trabalhar com algo que viesse a satisfazer a cada aluna de forma prazerosa e agradável. O tema proposto foi selecionar uma imagem referente a um momento de satisfação pertinente a cada aluna. Pesquisamos no Facebook suas postagens e nos dirigimos a observar através das imagens ali adicionadas nas quais era possível vislumbrar o estado de satisfação capturado pelas objetivas. Imprimimos e revelamos estas imagens. Para expor este trabalho optamos por realizar uma instalação dentro da sala de aula. Condicionamos as mesmas num fio que cruzava o espaço da sala. Ao entrar, as alunas foram surpreendidas pela composição de imagens dependuradas. Conforme iam se identificando, a satisfação e alegria eram visíveis a quem observasse. Esta era a proposta da perspectiva da satisfação.

Para levar a cultura visual à educação

Pontos principais:
- Ampliar e desnormatizar objetos e artefatos para trabalhar em educação das artes visuais.
- Sala de aula como lugar de produção de crítica cultural e de utilização de diferentes formas de produção artística.
- Estudo da Cultura Visual (ECV) e Educação Crítica dos Meios e da Cultura Popular (ECMCP) são forma de Projetos de Trabalho. - Identificar as posições de docentes e outros profissionais que exercem papel cativo na cultura, com ênfase nas representações da cultura popular.

Perspectiva de ensino relacionados à cultura popular:

PERSPECTIVA PROSELITISTA - objetos e representações são más influências. 



PERSPECTIVA ANALÍTICA - professor guia os alunos receptores passivos que podem se converter em espectador ideal não considera o prazer que se possa sentir ao lidar com esta realidade. Enfatiza formação moral. 


TRABALHO REFERENTE À PERSPECTIVA ANALÍTICA 

sábado, 17 de maio de 2014

Desenho por uma criança de 4 anos de idade

 
Desenho: Stéfano
Minha atividade profissional se restringe ao Ensino Fundamental das Séries Finais. Por não trabalhar com crianças pequenas, fiz uma pequena sondagem com meu sobrinho neto, Stéfano, de 4 anos de idade. 

Pedi para que ele fizesse um desenho para me dar de presente e fiquei observando sem fazer interferência. No final, ele comenta ter desenhado ele e o irmãozinho, Vicenzo,  de 1 ano e 2 meses. A diferença entre eles estaria nos cabelos, pois o Stéfano tem cabelos lisos e o Vicenzo, ondulados. 

Ele seria o menino de verde e o Vicenzo de vermelho, e o lugar em que eles estariam é uma caverna.

domingo, 11 de maio de 2014

"Serafina" celebra aniversário recriando quadros clássicos da arte brasileira

Para comemorar seus 6 anos, a Serafina (revista mensal do Grupo Folha) recriou quadros clássicos da arte brasileira. A atriz Mel Lisboa reviveu a tela Figura em Azul, de Tarsila do Amaral. O titã Paulo Miklos assumiu o papel de caipira em quadro de Almeida Júnior. O ator Igor Rickli, estrela do musical Jesus Cristo Superstar, posou como Tiradentes em quadro clássico de Pedro Américo. Já o ator Milhem Cortaz encarnou o mal-encarado personagem do quadro Bananal de Lasar Segall. 

 
Confira tudo isso aqui: Serafina - 6 Anos


Interferencia ou intertextualidade nas obras de arte

Revista GEARTE

Revista do Grupo de Pesquisa em Educação e Arte (GEARTE), do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


Acesse: Revista GEARTE